quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

COMPOTA DE CARAMBOLA


Quando penso em carambola, me vem a mente fundo de quintal, terra, pé no chão! E pesquisando sobre esta fruta exótica, não é que descobri que a carambola no Brasil não é produzida em grandes escalas, mas em produções pequenas em sítios, granjas, pomares, quintais e chácaras! Esta fruta está sempre presente nas mesas dos nordestinos, também, não é a toa, já que foi nesta região que se conheceu primeiramente esta fruta, trazida pelos franceses em 1817, da Ásia, mas especificamente da região da Malásia e Indonésia. É consumida ao natural ou no preparo de geléias, caldas, sucos e compotas. As flores e os frutos verdes são utilizados em saladas.
Meu pai ganhou muitas carambolas esta semana e repartiu comigo, algumas eu devorei na hora, outras fiz suco e as que restaram e estavam um pouco azedas fiz compota. Usei as frutas e a calda para rechear e acompanhar crepes (nada mais Francês, não é?) e sorvete de creme. Ficou uma delícia!


UM POUCO DE HISTÓRIA
De todas as colônias portuguesas, nenhuma atraiu mais os franceses do que o Brasil (modéstia a parte, claro!!!). O país passou a ser freqüentado pelos franceses praticamente desde a sua descoberta. A relação dos franceses com os índios sempre foi mais equilibrada do que a dos portugueses (isto claro, não evitou os massacres por parte dos franceses aos nativos e donos desta terra!), e essa vantagem seria amplamente explorada. Várias tentativas de colonização foram realizadas no Rio de Janeiro, Maranhão, Sergipe... Foi com D. João 6º e a família real no Brasil que os franceses tiveram chance de se estabelecer em nosso país. A missão Francesa trazida ao Brasil para civilizar e trazer cultura ao país era formada por artistas que apoiaram Napoleão e com sua derrota, tinham caído em desgraça na França. As obras de Jean-Baptiste Debret representam o legado desta missão. Algumas influências marcantes tivemos deste povo como a do engenheiro geodésico e naturalista Charles Marie de La Condamine, que empreendeu a medição do equador descendo o Amazonas, ou ainda do naturalista Auguste de Saint-Hilaire, que estudou a fauna e a flora brasileiras. O pintor Édouard Manet passa uma temporada no país e retorna fascinado. A influência francesa torna-se notória no Rio de Janeiro, onde, em 1931, o escultor Paul Landowski ergue, no morro do Corcovado, o Cristo Redentor, que passa a simbolizar a cidade. Os escritores Paul Claudel e Blaise Cendrars, o compositor Darius Milhaud e o arquiteto Le Corbusier também passam longas temporadas no Brasil, além dos bistrôs, croissants, chefs franceses, Carrefour e muito mais!!!


DICAS PARA A SAÚDE:
De sabor agridoce, cor variando do verde ao amarelo, dependendo do grau de maturação, rica em sais minerais (cálcio, fósforo e ferro) e contendo vitaminas A , C e do complexo B, a carambola é considerada uma fruta febrífuga (que serve para combater a febre), antiescorbútica (que serve para curar a doença escorbuto - carência de vitamina C, e que se caracteriza pela tendência a hemorragias) e, devido a grande quantidade de ácido oxálico, estimulador do apetite, sendo ainda usada pela medicina popular no tratamento de afecções renais. Ah...tem poucas calorias!!!



DICAS DOMÉSTICAS:
Seu suco, além de possuir um delicioso sabor, é usado para tirar manchas de ferro, de tintas e ainda limpar metais.
Quando escolher carambolas, escolha as grandes que são mais saborosas e doces. Os frutos mais pequenos podem ter um sabor ácido.


RESTAURANTES FRANCESES:
La Casselore(São Paulo)
http://www.lacasserole.com.br/index1.htm
Agraz Cuisine de La Plage(Rio de Janeiro)
Le Troquet (Campinas)
www.letroquet.com.br/


COMPOTA DE CARAMBOLA
INGREDIENTES:
1 kg de carambola /4 xícaras de açúcar
MODO DE PREPARO:
Limpe e corte as carambolas em fatias não muito finas(eu cortei em estrelas).
Coloque a carambola junto com o açúcar numa panela(usei açúcar orgânico).
Leve ao fogo e só mexa quando o açúcar derreter com uma colher de pau.
Abaixe o fogo e cozinhe, sem tampa, até a calda e a fruta começarem a ficar com cor de caramelo.
Retire do fogo e deixe esfriar. Arrume nos vidros esterilizados.
Fonte: www.tudogostoso.com.br

QUIABO COM MILHO



Quando se fala em quiabo, muita gente torce o nariz e faz cara feia, devido a "baba" que este vegetal libera quando cozido. Mas, esta planta pode virar um prato delicioso e super nutritivo se você souber truques que eliminem a baba, ou se você gosta dela, lembre-se que este líquido vistoso é uma forma excelente de espessar sopas e ensopados.


UM POUCO DE HISTÓRIA
O quiabo acredita-se foi trazido com os negros quando estes eram trazidos em navios negreiros ou com os navios dos portugueses que vieram a conhecer a planta em suas explorações pela África. Para mim, a história dos negros no Brasil e as suas adaptações a vida nova no Novo continente que de certa forma influenciaram a construção de nossa cultura, merece toda honra, atenção e valor. Os navios negreiros cruzaram mais de 300anos o Atlântico, desde a costa oeste da África até a costa nordeste do Brasil, quase 4 milhões de negros fizeram uma viagem sem volta e destes 3 milhões faleceram, nas viagens. E os que aqui ficavam, tinham uma perspectiva de vida de no máximo 7 anos. Adaptavam-se ao ambiente e ainda assim, conseguiram criar pratos deliciosos, como feijoada (origem controversa), vatapá, bobó de camarão, cozidos com fubá e outros ingredientes brasileiros. Os escravos trouxeram da áfrica o quiabo, inhame, erva-doce, gengibre, açafrão, gergelim, amendoim africano, melancia e outras variedades de coco e banana.

DICAS PARA A SAÚDE:
A vitamina C contida no quiabo não é aproveitada pelo organismo porque se perde no cozimento. No entanto, essa hortaliça é rica em vitamina A, boa para a pele, mucosas em geral e para a vista. Por conter vitaminas que fazem parte do Complexo B, o quiabo ajuda no processo de crescimento. E seus sais minerais, como Cálcio, Fósforo, Ferro e Cobre ajudam na formação dos ossos, dentes, sangue, além de fornecerem energia para o corpo todo.

DICAS DOMÉSTICAS:
Na hora de comprar o quiabo, procure escolher os tenros, bem cheios e firmes. Quando ele está bom para consumo, sua ponta se quebra com facilidade e sua cor é verde-clara.
O quiabo tem uma goma viscosa, pouco apreciada. Para evitar que ela se desprenda, recomenda-se pingar algumas gotas de limão ou vinagre enquanto estiver cozinhando.
Safra vai de janeiro a maio.
Bom amigos aproveitem a receita simples e rápida de fazer, boa com arroz, feijão e um bifinho bem acebolado!


QUIABO COM MILHO

2 xícaras (chá) de quiabo; suco de 1/2 limão; 2 colheres (sopa) de manteiga; 1 colher (sopa) de cebola picada; 250 g de milho verde; 4 colheres (sopa) de polpa de tomate; sal e pimenta.Corte os quiabos em rodelas e deixe descansar numa vasilha com o suco de limão. Coloque numa panela a manteiga, acrescente a cebola e deixe dourar. Junte o quiabo, o milho verde e refogue um pouco. Acrescente a polpa de tomate, mexa, tempere com sal e pimenta, se quiser, e deixe no fogo até que os ingredientes estejam cozidos. Se for necessário, coloque um pouco de água.
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